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quarta-feira, 30 de junho de 2010

PENSAMENTOS DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO


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São João Crisóstomo foi bispo e é Doutor da Igreja.

PENSAMENTOS DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO

"O homem é mais precioso aos olhos de Deus do que a criação inteira: ... é para ele que existem o céu e a terra e o mar e a totalidade da criação, e é à salvação dele que Deus atribuiu tanta importância que nem sequer poupou seu Filho único em seu favor. Pois Deus não cessou de tudo empreender para fazer o homem subir até ele e fazê-lo sentar-se à sua direita"

"Não te afaste da Igreja: Nada é mais forte do que ela. Ela é a tua esperança, o teu refúgio. Ela é mais alta que o céu e mais vasta que a terra. Ela nunca envelhece".

"Ó Filho Único e Verbo de Deus, sendo imortal, vos dignastes pela nossa salvação encarnar-vos da Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, vós que sem mudança vos tornastes homem e fostes crucificado, ó Cristo Deus, que pela vossa morte esmagastes a morte, sois Um na Santíssima Trindade, glorificado com o Pai e o Espírito Santo, salvai-nos!"


"Pedro, na verdade, ficou para nós como a pedra sólida sobre a qual se apoia a fé e sobre a qual está edificada a Igreja. Tendo confessado ser Cristo o Filho de Deus vivo, foi-lhe dado ouvir:

"Sobre esta pedra - a da sólida fé - edificarei a minha Igreja"(Mt 16,18). Tornou-se enfim Pedro o alicerce firmíssimo e fundamento da Casa de Deus, quando, após negar a Cristo e cair em si, foi buscado pelo Senhor e por ele honrado com as palavras: apascenta as minhas ovelhas"(Jo 21,15). Dizendo isto, o Senhor nos estimulou à conversão, e também a que de novo se edificasse solidamente sobre Pedro aquela fé, a de que ninguém perde a vida e a salvação, neste mundo, quando faz penitência sincera e se corrige de seus pecados"

"Tu vais participar da eucaristia? Então, não humilhes teu irmão. Não desprezes o faminto... Quê? Tu fazes memória de Cristo e desprezas o pobre? Tu não ficas horrorizado? Bebeste o Sangue do Senhor e não reconheces teu irmão? Ainda que o tenhas desconhecido antes, deves reconhecê-lo nesta mesa... Tu, que recebeste o pão da vida, não faças obra de morte"

"Tu, que revestes tua cama de prata e de ouro o teu cavalo, se te pedirem conta e explicações de tanta riqueza, que razão alegarás? Quando tu já estiverdes morto, as pessoas que passarem diante de teu palácio, vendo o tamanho e o luxo, dirão ao seu vizinho: 'ao preço de quantas lágrimas foi edificado este palácio? De quantos órfãos deixados nus? De quantas viúvas injustiçadas? De quantos operários espoliados de seu salário?' Sim, nem morto escaparás das acusações"

"A ajuda aos pobres é mais importante que o jejum e a virgindade, pois abraça o povo de Jesus Cristo"

"Onde existe a cólera aí não habita o Espírito Santo"

"Não é absurdo pores tanto cuidado nas coisas do corpo, a ponto de já desde muitos dias antes da festa preparares uma roupa belíssima, e te adornares e embelezares de todas as maneiras possíveis, e, no entanto, não tomares nenhum cuidado com a tua alma, abandonada, suja, esquálida, consumida de fome...?"

"A tua casa deve ser como uma igreja; põe-te de pé no meio da noite. Durante a noite, a alma é mais pura, mais leve. E se tens filhos, acorda-os e faze com que se unam a ti numa oração comum"

"Nada vale tanto como a oração. Ela torna possível aquilo que é impossível, fácil o que é difícil. É impossível que o homem que reza continue pecando"

"Nada te pode fazer tão imitador de Cristo como a preocupação pelos outros. Mesmo que jejues, mesmo que durmas no chão, mesmo que, por assim dizer, te mates, se não te preocupas com o próximo, pouca coisa fizeste, ainda distas muito da imagem do Senhor".

"Como tu, rico, que acumulaste tua riqueza pisando sobre o pobre, ainda tens a coragem de entrar na Igreja?"

"Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelos sacrifícios de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles"

"Os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e esta lhes presta grande auxílio e real utilidade"

"Qual proveito pode ter Jesus, se o seu altar está coberto de vasos de ouro, enquanto ele próprio morre de fome nas pessoas dos pobres"

"Quando Cristo ordena que o sigamos pelo caminho estreito, dirige-se a todos os homens. Por conseguinte, o monge e o secular devem alcançar os mesmos píncaros"

"Aqueles que vivem no mundo, mesmo casados, devem em tudo o mais assemelhar-se aos monges"

"Não há diferença alguma em dar ao Senhor e dar ao pobre, pois Ele mesmo disse: 'quem dá a estes pequenos é a mim que dá'".

"O homem mais poderoso é o que reza, porque se faz participante do poder de Deus"

"A oração é a âncora para os flutuantes, tesouro para os pobres, remédio para os doentes e preservativo para os sãos"

"Nada se compara em valor à oração; ela torna possível o que é impossível, fácil o que é difícil. É impossível que caia em pecado o homem que reza"

"Sem ter vencido, ninguém poderá ser coroado. Tudo poderemos por meio da oração, por meio da qual Deus nos dará o que não temos"

"A oração é uma grande armadura, uma defesa, um porto, um tesouro. A oração é uma valiosa arma para vencer os assaltos dos demônios; é uma defesa, que nos conserva em todos os perigos; é um porto seguro contra a tempestade; é um tesouro, que nos provê de todos os bens"

"Não podes rezar em casa como na Igreja, onde se encontra o povo reunido, onde o grito é lançado a Deus de um só coração. Há ali algo mais, a união dos espíritos, a harmonia das almas, o vínculo da caridade, as orações dos presbíteros"

"Não deixemos de socorrer aos que partiram e ofereçamos as nossas orações por eles"

"A oração não é um vínculo insignificante do amor de Deus. É ela que nos acostuma a falar com Deus"

"Sem ter vencido, ninguém poderá ser coroado. Tudo poderemos por meio da oração, por meio da qual Deus nos dará o que não temos"

"Deus está continuamente pronto a ouvir as nossas orações, e nunca acontece que não atenda a quem lhe pede como convém".

"Quem é humilde é útil a si e aos outros".

"Não há nada, por fácil que seja, que a nossa tibieza não apresente como difícil e pesado; como nada há tampouco tão difícil e penoso que o nosso fervor e determinação não o torne fácil e leve".

"A paz foi para o Céu. E, se quisermos, podemos fazê-la voltar. Basta que expulsemos de nós a soberba e a arrogância e sejamos humildes".

SANTOS DO DIA DE HOJE-OS PRIMEIROS MÁRTIRES DO CRISTIANISMO



Os primeiros mártires do Cristianismo
Certo dia, um pavoroso incêndio reduziu Roma a cinzas. Em 19 de julho de 64, a poderosa capital virou escombros e o imperador Nero, considerado um déspota imoral e louco por alguns historiadores, viu-se acusado de ter sido o causador do sinistro. Para defender-se, acusou os cristãos, fazendo brotar um ódio contra os seguidores da fé que se espalharia pelos anos seguintes.

Nero aproveitou-se das calúnias que já cercavam a pequena e pouco conhecida comunidade hebraica que habitava Roma, formada por pacíficos cristãos. Na cabeça do povo já havia, também, contra eles, o fato de recusarem-se a participar do culto aos deuses pagãos. Aproveitando-se do desconhecimento geral sobre a religião, Nero culpou os cristãos e ordenou o massacre de todos eles.

Há registros de um sadismo feroz e inaceitável, que fez com que o povo romano, até então liberal com relação às outras religiões, passasse a repudiar violentamente os cristãos. Houve execuções de todo tipo e forma e algumas cenas sanguinárias estimulavam os mais terríveis sentimentos humanos, provocando implacável perseguição.

Alguns adultos foram embebidos em piche e transformados em tochas humanas usadas para iluminar os jardins da colina Oppio. Em outro episódio revoltante, crianças e mulheres foram vestidas com peles de animais e jogadas no circo às feras, para serem destroçadas e devoradas por elas.

Desse modo, a crueldade se estendeu de 64 até 67, chegando a um exagero tão grande que acabou incutindo no povo um sentimento de piedade. Não havia justificativa, nem mesmo alegando razões de Estado, para tal procedimento. O ódio acabou se transformando em solidariedade.

Os apóstolos são Pedro e são Paulo foram duas das mais famosas vítimas do imperador tocador de lira, por isso a celebração dos mártires de Nero foi marcada para um dia após a data que lembra o martírio de ambos.

Porém, como bem nos lembrou o papa Clemente, o dia de hoje é a festa de todos os mártires, que com o seu sangue sedimentaram a gloriosa Igreja Católica Apostólica Romana

PALAVRA DO SENHOR PARA O DIA DE HOJE COM OS ARAUTOS DO EVANGELHO

Evangelho segundo São Mateus 8,28-34
Naquele tempo: 28Quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos
Quarta-feira, 30 de Junho de 2010.

SANTO DO DIA: São Teobaldo, Sacerdote e Ermitão; Santos Protomártires da Igreja de Roma; Beato Basílio Velyckovskyj, Bispoe mártir
Primeira Leitura do Livro da Profecia de Amós 5,14-15.21-24
Leitura da Profecia de Amós:

14Buscai o bem, não o mal, para terdes mais vida, só assim o Senhor Deus dos exércitos vos assistirá, como tendes afirmado. 15Odiai o mal, amai o bem, restabelecei a justiça no julgamento, talvez o Senhor Deus dos exércitos se compadeça do resto da tribo de José. 21'Aborreço, rejeito vossas festas, não me agradam vossas assembléias de culto. 22Se me oferecerdes holocaustos, não aceitarei vossas oblações e não farei caso de vossos gordos animais de sacrifício. 23Livra-me da balbúrdia dos teus cantos, não quero ouvir a toada de tuas liras. 24Que a justiça seja abundante como água e a vida honesta, como torrente perene.'
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 49
Escuta, ó meu povo, eu vou falar; ouve, Israel, eu testemunho contra ti: Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus!
R. A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
Eu não venho censurar teus sacrifícios, pois sempre estão perante mim teus holocaustos; não preciso dos novilhos de tua casa nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.
R. A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

Porque as feras da floresta me pertencem e os animais que estão nos montes aos milhares. Conheço os pássaros que voam pelos céus e os seres vivos que se movem pelos campos.
R. A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
Não te diria, se com fome eu estivesse, porque é meu o universo e todo ser. Porventura comerei carne de touros? Beberei, acaso, o sangue de carneiros?
R. A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios!
R. A todos que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,28-34
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:

Naquele tempo: 28Quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos, que ninguém podia passar por aquele caminho. 29Eles então gritaram: 'O que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?' 30Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31Os demônios suplicavam-lhe: 'Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos.' 32Jesus disse: 'Ide.' Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até à cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor


Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo (Gaudium et spes), §§ 9-10 - Copyright © Libreria Editrice Vaticana
«Rogaram-Lhe que Se retirasse daquela região»
O mundo actual apresenta-se, assim, simultaneamente poderoso e débil, capaz do melhor e do pior, tendo patente diante de si o caminho da liberdade ou da servidão, do progresso ou da regressão, da fraternidade ou do ódio. E o homem torna-se consciente de que a ele compete dirigir as forças que suscitou, e que tanto o podem esmagar como servir. Por isso se interroga a si mesmo.
Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo actual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem muitos elementos se combatem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é, multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer (Rom 7, 15). Sofre assim em si mesmo a divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade. [...]
Perante a evolução actual do mundo, cada dia são mais numerosos os que põem ou sentem com nova acuidade as questões fundamentais: Que é o homem? Qual o sentido da dor, do mal, e da morte, que, apesar do enorme progresso alcançado, continuam a existir? Para que servem essas vitórias, ganhas a tão grande preço? Que pode o homem dar à sociedade, e que coisas pode dela receber? Que há para além desta vida terrena?
A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens, pelo Seu Espírito, a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos (Act 4, 12). Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre. E afirma, além disso, que, subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje, e para sempre (Heb 13, 8).

terça-feira, 29 de junho de 2010

SANTA TERESA BENEDITA


Edith Stein
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Santa
Teresa da Cruz (Edith Stein)

Nascimento 12 de Outubro de 1891 em Breslau
Falecimento 9 de Agosto de 1942 em Auschwitz
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 1 de Maio de 1987, Colónia por: Papa João Paulo II
Canonização 11 de Outubro de 1998, Roma por: Papa João Paulo II
Festa litúrgica 9 de Agosto
Padroeira Hebreus Católicos, Dia Mundial da Juventude, Europa


Edith Theresa Hedwing Stein (Breslau, 12 de Outubro de 1891 — Auschwitz, 9 de Agosto de 1942) foi uma religiosa alemã, a última de onze irmãos de uma família judia que professava o Judaísmo. Seus pais judeus foram Siegfried e Augusta Courant Stein. Faleceu aos 51 anos asfixiada numa câmara de gás, a 9 de Agosto de 1942, no campo de concentração de Auschwitz, na Polónia. Foi professora de Filosofia, sendo discípula de Edmund Husserl (fenomenologia) e secretária particular desse filósofo.

Quando menina e adolescente, não obstante os pedidos de sua mãe em professar a fé judaica, ela qualificava-se sempre de ateia. Contudo, acompanhava a mãe à sinagoga mais por delicadeza do que por convicção religiosa, passando o tempo a distrair-se e olhando para quem entrava e saía.

Pelos seus 30 anos, passando as suas férias grandes em casa de uns amigos na Baviera, no Outono de 1921, veio-lhe parar às mãos a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, intitulada «Livro da Vida». Ficou tão encantada que acabou por ler o livro completo, durante toda a noite. Depois disse: “Aqui está a verdade!”. Comprou um catecismo católico e um missal e entrou, pela primeira vez, num templo católico, participando na Missa. Após algum tempo de preparação, recebeu o Baptismo, aos 31 anos, no dia 1 de Janeiro de 1922. A família, profundamente desgostada, cortou, durante algum tempo, relações com ela.
DA CRUZ
Aos 42 anos, em Setembro de 1933, Edith comunica à mãe a entrada próxima na vida religiosa da Ordem Carmelita Descalça, ingressando no Carmelo a 15 de Outubro de 1933, tomando o nome de Teresa Benedita da Cruz. Por licença especial das suas superioras, escrevia todas as semanas à mãe, sem obter qualquer resposta, até que, por fim, recebeu um bilhete da mesma.

Para escapar à perseguição fugiu em 1940 da Alemanha Nazi para os Países Baixos. Mas quando esta nação foi ocupada pelos nazis, Edith foi presa com a sua irmã. Saiu do convento de hábito carmelita que continuou a usar no campo de concentração, oferecendo a sua vida, como ela disse, pela conversão ao Catolicismo do povo hebreu. O seu número de prisioneira era o 44070.

Pelo seu heroísmo cristão, no dia 1 de Maio de 1987, foi beatificada por João Paulo II em Colónia e, a 11 de Outubro de 1998, foi canonizada pelo mesmo Papa, sob o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz, ou apenas Teresa da Cruz.

No dia 1 de Outubro de 1999, o Papa João Paulo II, numa carta apostólica em forma de ‘motu proprio’ intitulado «Spes aedificandi», proclamou Santa Teresa Benedita da Cruz, juntamente com Santa Brígida da Suécia e Santa Catarina de Sena, co-padroeira da Europa pelo particular contributo cristão que outorgou não só à Igreja Católica, mas especialmente à mesma sociedade europeia através do seu pensamento filosófico. A sua celebração litúrgica, na forma de festa, na Igreja Católica, é no dia 9 de Agosto.

SÃO PEDRO E SÃO PAULO, ROGAI POR NÓS

ORAÇÃO PELOS SACERDOTES. PRINCIPALMENYE PELOS QUE SE ORDENARAM, DIA 27 DE JUNHO



Senhor Jesus, em vésperas de venerarmos os vossos santos, são Pedro e são Paulo,Vos pedimos a graça de protegerdes todos os sacerdotes da insídia do demónio, de os tornardes fortes e decisivos a abraçar a melhor vocação que Vós poderieis ter cedido a um mortal.


Que a sua consagração ao Vosso serviço, os torne cada vez mais santos, mais fiéis e mais despreendidos de quanto os afaste de exigente missão de levarem o Evangelho a todas as nações pelos testemunhos de suas vidas. Não os abandoneis e livrai-os de más companhias. Mas se tal suceder, ficai a seu lado e não os abandoneis às tentações do inimigo.


Maria Santíssima a vós vô-los entrego, ciente de que o Vosso santo manto os protegerá.Amen

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ORÇÃO PELO NOSSO SANTO PADRE BENTO XVI


Oração pelo Santo Padre, o Summo Pontífice

Ó Jesus cabeça invisível da Santa Igreja, que a fundastes sobre uma firme pedra, e prometestes que as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela, conservai, fortificai e guiai aquele que lhe destes por cabeça visível. Fazei que ele seja o modelo do vosso rebanho, assim como é o seu pastor. Seja ele o primeiro por sua santidade, doutrina e paciência, assim como o é por sua dignidade; seja ele o digno Vigário de vossa Caridade, assim como o é da vossa Autoridade. Inspirai-lhe um zelo ardente de vossa glória, da salvação das almas e da santa religião. Dai-lhe coragem invencível para combater os inimigos de vosso Santo Nome, e uma firmeza inabalável, para se opor aos estragos do erro e da impiedade. Dai-lhe a plenitude do vosso espírito, para conduzir a barca agitada de vossa Santa Igreja através dos escolhos que a cercam.

Consolai o seu coração aflito, sustentai sua alma abatida, fazei voltarem suas ovelhas desgarradas. Ajudai-o a levar o peso de sua alta dignidade e de todos os trabalhos que a acompanham. Dignai-Vos, ó meu Deus, escutar benigno os votos que Vos dirigimos por ele, e concedei-lhe longos anos, para aumentar a vossa glória e o triunfo da vossa Santa Religião.

V. Oremos pelo nosso Summo Pontífice...(Bento XVI)

R. O Senhor o conserve, vivifique e beatifique na terra, e não o entregue nas mãos de seus inimigos. Amém.

Padre Nosso, Ave-Maria e Gloria Patri (300 dias de indulgência)

Jesus, Nosso Senhor, cobri com a proteção do vosso divino Coração o nosso Santíssimo Padre ... (Bento XVI) e sede sua luz, sua força e seu consolo. (300 dias de indulgência

SÃO PEDRO-1º PAPA DA IGREJA CATÓLICA






São Pedro, primeiro Papa

Comemoração litúrgica: 29 de junho (*). Também nesta data: São Paulo , Santa Judite e Santa Ema.
* Caindo em dia da semana, a comemoração de S. Pedro e S. Paulo é festejada no Domingo subseqüente (Dia do Papa).

Pontificado - c. 30 a 67

Quem é que não conhece a vida de São Pedro, daquele pescador da Galiléia, escolhido por Nosso Senhor para ser o primeiro Apóstolo? São Pedro, forte na fé, dedicado ao Divino Mestre a ponto de querer defendê-lo com a espada! São Pedro que, fraco na tentação, negou o Mestre, mas pela contrição se levantou e por Jesus foi nomeado chefe da Igreja! Não é tanto que a vida de São Pedro que hoje se nos apresenta, senão mais o seu pontificado.

Na primeira vocação do Apóstolo, Jesus o fitou e disse: " Tu és Simão, filho de Jona; serás chamado " Cefas", que quer dizer Pedro, isto é, pedra". (Jo I, 42). Essa mudança de nome é significativa. Jesus mesmo deu a explicação desse nome, quando em Cesaréia de Filipe disse: "... Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; tudo que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo que desligares na terra será desligado nos céus". (Mt. 16, 18).

Noutras palavras Jesus anuncia, entre outras cousas: que Pedro é a rocha inabalável, que serve de fundamento à Igreja; na mesma recebe o supremo poder e a ela são entregues as chaves do céu.

Depois da gloriosa Ressurreição, da pesca milagrosa, do repasto misterioso na praia do lago Genesaré, Jesus dirigiu-se a Pedro, perguntando-lhe: "Simão, filho de Jonas, amas-me mais que estes?" Ele respondeu: "Sim, Senhor, sabeis que vos amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta os meus cordeiros". (Jo. 21,16 - 17). Com estas palavras Pedro foi pelo divino Mestre instituído pastor do seu rebanho.

Assim São Pedro o compreendeu, e pelos Apóstolos foi reconhecido Chefe da Igreja. Logo depois da Ascensão de Jesus Cristo, Pedro propôs a eleição de um substituto de Judas. Na festa de Pentecostes, Pedro tomou a palavra e falou com tanta convicção e tanto poder, que no mesmo dia três mil judeus pediram o batismo. Foi Pedro também o primeiro que com grandes milagres confirmou a verdade da fé, que pregava. Ao pobre paralítico que, sentado na porta do templo, lhe pediu esmola, disse o Apóstolo: "Prata e ouro não possuo, mas o que tenho te dou: Em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda".

No mesmo momento o paralítico se levantou e andou. Além destes Pedro operou ainda muitos milagres. Doentes que lhe tocavam a orla do manto, ou se lhe colocavam na sombra, ficaram curados. As autoridades do templo do templo quiseram proibir a Pedro a pregação da nova doutrina. Este, por'm, respondeu: "É preciso obedecer a Deus de preferência aos homens". Assim, Pedro pregou o Evangelho com toda a franqueza, não temendo cárcere e açoites. Foi também o primeiro dos Apóstolos que pregou aos gentios, como prova a conversão de Cornélio.

É difícil resumir em poucas palavras o que o grande Apóstolo fez pela propagação da santa fé. Atravessou toda a Palestina, pregou e fez milagres estupendos, onde quer que chegasse. Curou instantaneamente a Enéas da paralisia, de que sofria havia oito anos; chamou à vida a Tabitha, ordenou sacerdotes e sagrou bispos. Fixou residência em Antioquia, onde permaneceu durante sete anos. Preso por ordem de Herodes em Jerusalém, foi por um anjo libertado da prisão. Depois disto se dirigiu a Roma, a sede da idolatria. De lá mandou missionários para a França, Espanha, Sicília e Alemanha. Nove anos depois, sendo expulso de Roma, voltou a Jerusalém, onde pouco tempo ficou, para procurar outra vez a capital do império. Em Roma vivia um grande feiticeiro chamado Simão. Tendo muito prestígio entre os romanos e sendo protegido de Nero, marcou um dia em que, para comprovar a verdade da sua doutrina, diante de todo o povo ia elevar-se ao céu. Chegou o dia determinado e Simão de fato subiu aos ares. Pedro fez o exorcismo e ordenou aos maus espíritos que se afastassem, e Simão caiu de uma altura considerável, fraturando as pernas. Este fato abriu os olhos a muita gente, que em seguida muitos vieram pedir o Sacramento do Batismo. Mas serviu este fato também para que se desencadeasse uma furiosa tempestade contra a jovem Igreja.

O Imperador Nero atiçava as paixões contra os cristãos. Pedro conservara-se algum tempo escondido da sanha do tirano e projetara a fuga de Roma. Saindo da cidade - assim conta a lenda - teve uma visão. Viu diante de si o divino Mestre. "Senhor, para onde ides?" perguntou-lhe o Apóstolo. " A Roma, para ser crucificado outra vez", respondeu Jesus. Pedro compreendeu o sentido das palavras e voltou para trás. Foi preso e levado ao cárcere mamertino, onde se achava também São Paulo.

A prisão durou oito meses. Nesse meio tempo, São Pedro converteu os carcereiros Martiniano e Processo, que, com mais quarenta e oito neo-cristãos, sofram o martírio. Escreveu duas Epístolas,que são as primeiras cartas pastorais dirigidas à Cristandade.

Condenado à morte, São Pedro foi, como o divino Mestre, cruelmente açoitado e em seguida levado à colina vaticana para ser crucificado. Estando tudo pronto para a execução, São Pedro pediu aos algozes que o pregassem na cruz com a cabeça para baixo, porque se achava indigno de morrer como o divino Mestre. Assim morreu o primeiro Papa da Igreja Católica. No lugar do suplício foi mais tarde edificada a Basílica de São Pedro. Os restos mortais do Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa se acham na mesma Basílica.

Reflexões:

Rezemos pelo Papa, o legítimo sucessor de São Pedro e representante de Cristo sobre a terra. Que o Senhor o conserve, o vivifique, lhe dê felicidade, saúde e não o deixe cair nas mãos dos inimigos. Oração: Deus Onipotente e eterno, compadecei-vos de vosso servo; conduzi-o em vossa bondade pelo caminho da salvação eterna para que com a vossa graça deseje o que vos agrade e trabalhe com todas as forças para cumprir a vossa vontade. Amém

PALAVRAS?...PARA QUÊ?




PALAVRA DO SENHOR PARA HOJE


SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA

Celebração da Missa


Data: 28-06-2010 Dia: Segunda
Semana: Tempo Comum XIII Tempo: T. Comum


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Am 2, 6-10.13-16
«Esmagam no pó da terra a cabeça dos humildes»

Depois de termos lido, nas semanas anteriores, os livros históricos da Bíblia, começamos hoje a leitura dos Profetas, que se prolongará durante oito semanas. Os Profetas são homens bem instruídos na Lei; e fazem agora, a partir dessa Lei, a instrução ao povo, nas circunstâncias concretas da sua vida. Assim hoje, trazendo à memória as obras realizadas por Deus para salvação dos homens, o profeta denuncia-lhes a ingratidão, ao praticarem a injustiça e a exploração para com os seus irmãos.

Leitura da Profecia de Amós
Assim fala o Senhor: «Por três e por quatro crimes de Israel, não revogarei a minha decisão, porque vendem o justo por dinheiro e o pobre por um par de sandálias; porque esmagam no pó da terra a cabeça dos humildes e confundem o caminho aos pequenos; porque o filho e o pai vão à mesma mulher, profanando o meu santo nome; porque se prostram junto dos altares com as vestes recebidas em penhor e bebem o vinho das multas da casa do seu Deus. E no entanto fui Eu que exterminei diante deles os amorreus, altos como cedros e fortes como carvalhos; destruí no alto os seus frutos e em baixo as suas raízes. Fui Eu que vos retirei da terra do Egipto e vos conduzi durante quarenta anos pelo deserto, para vos dar em posse a terra dos amorreus. Por isso, Eu vos afundarei na lama, como um carro cheio de feno. Então a fuga não será possível para o mais ágil, nem o mais forte poderá recorrer à sua força, nem o valente terá a vida salva. O arqueiro não resistirá, nem o corredor veloz escapará, nem o cavaleiro salvará a vida. O mais valente dos heróis fugirá nu naquele dia».
Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 49 (50), 16bc-17.18-19.20-21.22-23
(R. cf. 22a)
Refrão: Arrependei-vos, vós que esqueceis a Deus. Repete-se
Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras? Refrão

Se vês um ladrão, ajuntas-te com ele
e fazes grupo com os adúlteros.
Destes largas à tua boca para o mal
e a tua língua tece enganos. Refrão

Sentas-te a falar contra o teu irmão
e difamas os filhos da tua mãe.
Fizeste isto e Eu calei-me.
Pensaste que Eu era como tu,
hei-de acusar-te e lançar-te tudo em rosto. Refrão

Considerai isto, vós que esqueceis a Deus,
não aconteça que vos extermine,
sem haver quem vos salve.
Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor,
a quem segue o caminho recto
darei a salvação de Deus. Refrão



ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia Repete-se

Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão


EVANGELHO Mt 8, 18-22
«Segue-Me»

Os caminhos de Deus não se podem descobrir pela nossa imaginação ou pelos nossos caprichos, mais ou menos bem intencionados. Eles revelam-se nos caminhos da própria vida, trilhados com rectidão. É por aí que o Senhor nos conduz e nos estimula a avançarmos. E, no fim de tudo, um só é o ideal do discípulo de Cristo: segui-l’O pois que Ele disse de Si mesmo: «Eu sou o Caminho».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».
Palavra da salvação

sábado, 26 de junho de 2010

CRER NO AMOR

"Quem pega no arado e olha para trás, não é digno do MEU REINO".
A nossa tentação é mesmo essa. A minha, pelo menos.
A FALTA DE FÉ LEVA-NOS A QUERER DEIXAR DE PROSSEGUIR NA LUTA.
O cansaço. a apatia, a desmotivação, o orgulho,a sensação de inutilidade,tantas e tantas vezes nos fazem abandonar o arado no meio do campo sem vontade alguma de lutar mais!
Mas o Pão, o Vinho, , uma singela refeição, as roupas que os mais pobres vestem, as sandálias nos pés do Pescador, são afinal a nossa Força para prosseguir a Lavra. Não foram estas as armas do Senhor?
Não tenhamos medo desta simplicidade do Mestre que no-la dá a conhecer diariamente na Eucaristia.
É pelos meios simples que o Amor de Deus se manifestou aos homens revelando. paralelamente, as suas exigências. Até ao Calvário só uma vez mostrou cansaço da Dor, para logo a esquecer pela liberdade de fazer a Vontade do Pai.
Não podemos querer ser mais que o Mestre!
Peçamos a virtude da Humildade com todo o fervor!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

UM FOTO INCRÍVEL


Uma foto incrível tornou-se uma mensagem de fé na Espanha.
Ela foi tirada no batismo de Valentino Mora, filho de Erica, uma mãe solteira de 21 anos, que pediu à fotógrafa que tirasse de graça a foto de seu filho.

A foto do batismo de Valentino Mora está varrendo a internet, porque na hora em que o padre derrama a água benta sobre sua cabeça, a água escorre no formato de um terço (veja a foto acima).



Esta história começou na Paróquia de Nossa Senhora de Assunção em Cordova, Espanha , onde o batismo do bebê de 1 mês aconteceu.
Na hora em que Valentino foi à pia batismal para o sacramento do batismo, Erica pediu à fotógrafa Maria Silvana Salles, contratada por outros pais que estavam batizando seus bebês, que tirasse a foto de seu filho como um favor, já que a jovem mãe não tinha como pagar por ela.
A fotógrafa, tocada pelo pedido de Erica, concordou em tirar a foto de Valentino.

Maria Silvana trabalha com câmera tradicional e teve que enviar o filme para ser revelado numa loja em Cordova. Quando ela recebeu as fotos, notou com surpresa que a água derramada da cabeça de Valentino era um terço perfeito.

A foto do batismo de Valentino fez nascer a fé no povo de Cordova, que vai até a humilde casa de Erica e Valentino para tocá-lo.

A verdade é que este sinal de fé mobilizou esta cidade em Cordova, cujos vizinhos vão à loja de Maria Silvana comprar a foto como se fosse um santinho.

DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM




BOAS NOITES, MEU JESUS!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

PAINÉIS PARA DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM






















DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM




DISCERNIMENTO-PALESTRA DE PADRE LEO

NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BAPTISTA

Dia 24 de Junho - Quinta-feira
NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA
(Branco, Glória, Creio, Prefácio Próprio – Ofício da Solenidade)
MISSA DO DIA
Antífona da entrada: Houve um homem enviado por Deus: o seu nome era João. Veio dar testemunho da luz e preparar para o Senhor um povo bem-disposto a recebe-lo (Jo 1,6s; Lc 1,17).
Oração do dia
Ó Deus, que suscitastes são João Batista a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei á vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi nossos passos no caminho da salvação e da paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Isaías 49,1-6)
Leitura do livro do profeta Isaías.
1 Ilhas, ouvi-me; povos de longe, prestai atenção! O Senhor chamou-me desde meu nascimento; ainda no seio de minha mãe, ele pronunciou meu nome.
2 Tornou minha boca semelhante a uma espada afiada, cobriu-me com a sombra de sua mão. Fez de mim uma flecha penetrante, guardou-me na sua aljava.
3 E disse-me: Tu és meu servo, (Israel), em quem me rejubilarei.
4 E eu dizia a mim mesmo: Foi em vão que padeci, foi em vão que gastei minhas forças. Todavia, meu direito estava nas mãos do Senhor, e no meu Deus estava depositada a minha recompensa.
5 E agora o Senhor fala, ele, que me formou desde meu nascimento para ser seu Servo, para trazer-lhe de volta Jacó e reunir-lhe Israel, (porque o Senhor fez-me esta honra, e meu Deus tornou-se minha força).
6 Disse-me: Não basta que sejas meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os fugitivos de Israel; vou fazer de ti a luz das nações, para propagar minha salvação até os confins do mundo.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 138/139
Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor,
porque de modo admirável me formastes!

Senhor, vós me sondais e conheceis,
sabeis quando me sento ou me levanto;
de longe penetrais meus pensamentos;
percebeis quando me deito e quando eu ando,
os meus caminhos vos são todos conhecidos.

Fostes vós que me formastes as entranhas
e, no seio de minha mãe, vós me tecestes.
Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor,
porque de modo admirável me formastes!

Até o mais íntimo, Senhor, me conheceis;
nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis
quando eu era modelado ocultamente,
era formado nas entranhas subterrâneas.
Leitura (Atos 13,22-26)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
22 Depois, Deus o rejeitou e mandou-lhes Davi como rei, de quem deu este testemunho: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades.
23 De sua descendência, conforme a promessa, Deus fez sair para Israel o Salvador Jesus.
24 João tinha pregado, desde antes da sua vinda, o batismo do arrependimento a todo o povo de Israel.
25 Terminando a sua carreira, dizia: Eu não sou aquele que vós pensais, mas após mim virá aquele de quem não sou digno de desatar o calçado.
26 Irmãos, filhos de Abraão, e os que entre vós temem a Deus: a nós é que foi dirigida a mensagem de salvação.
Palavra do Senhor.
Evangelho (Lucas 1,57-66.80)
Aleluia, aleluia, aleluia.

Serás chamado, ó menino, o profeta do Altíssimo: irás diante do Senhor, preparando-lhe os caminhos (Jo 1,7; Lc 1,17).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
57 Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho.
58 Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia, e congratulavam-se com ela.
59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias.
60 Mas sua mãe interveio: Não, disse ela, ele se chamará João.
61 Replicaram-lhe: Não há ninguém na tua família que se chame por este nome.
62 E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse.
63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: João é o seu nome. Todos ficaram pasmados.
64. E logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus.
65. O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia.
66. Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele.
80. O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
JOÃO É O SEU NOME

A Igreja, desde seus primórdios, reconheceu a grandeza da figura de João Batista, dada sua estreita ligação com a pessoa de Jesus. Aliás, a importância do Batista provém da pessoa de Jesus: sua missão consistiu em ser precursor do Messias.
O nascimento de João Batista foi todo envolto de mistério divino. A notícia de sua concepção foi dada pelo Anjo do Senhor a seu pai Zacarias, quando este desempenhava suas funções sacerdotais, no templo. Tratava-se de um fato formidável, pois Zacarias e sua esposa eram de idade avançada, com o agravante de Isabel ser estéril. A incredulidade de Zacarias foi punida com a privação da fala, até que a Palavra de Deus se cumprisse. Tudo se realizou conforme fora anunciado pelo Anjo. Os próprios vizinhos e parentes reconheceram que Deus havia cumulado de misericórdia aquela família.
Quando se tratou de dar um nome ao menino, novamente aconteceu um fato maravilhoso. Muitos queriam que se chamasse Zacarias, como o pai. Todavia, em conformidade com a ordem do Anjo, Isabel recusou. Seu nome seria João, que significa "Deus é favorável". Quando Zacarias confirmou o nome dado por Isabel, sua língua se soltou e ele começou a falar normalmente. Então, os parentes e vizinhos, tomados de temor sagrado, reconheceram que a mão de Deus estava com aquele menino.

Prece
Senhor Jesus, que a figura de João Batista inspire minha tarefa de preparar os corações para receber-te.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, acorremos ao altar com os nossos dons, celebrando com a devida honra o nascimento de são João Batista, que anunciou a vinda do salvador do mundo e o mostrou presente entre os homens. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio próprio
(A Missão do Precursor)

Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Proclamamos, hoje, as maravilhas que operastes em são João Batista, precursor de vosso filho e Senhor nosso, consagrado como o maior entre os nascidos de mulher. Ainda no seio materno, ele exultou com a chegada do salvador da humanidade, e seu nascimento trouxe grande alegria. Foi o único dos profetas que mostrou o Cordeiro redentor. Batizou o próprio autor do batismo, nas águas assim santificadas, e, derramando seu sangue, mereceu dar o perfeito testemunho de Cristo. Por essa razão, unidos aos anjos e a todos os santos, nós vos aclamamos, jubilosos, cantando (dizendo) a uma só voz...

Antífona da comunhão: Graças ao entranhado amor do nosso Deus, visitou-nos a luz que vem do alto (Lc 1,78).
Depois da comunhão
Restaurados, ó Deus, à mesa do Cordeiro divino, concedei que a vossa Igreja, alegrando-se pelo nascimento de são João Batista, reconheça no Cristo, por ele anunciado, aquele que nos faz renascer. Por Cristo, nosso Senhor

quarta-feira, 23 de junho de 2010

VOÇÊ CONHECE QUEM FOI SÃO JOÃO BAPTISTA?





A liturgia faz-nos celebrar a Natividade de São João Baptista, o único Santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o início do cumprimento das promessas divinas: João é aquele «profeta», identificado com Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda (cf. Mt 11, 14; 17, 10-13). A sua festa recorda-nos que a nossa vida é inteira e sempre «relativa» a Cristo e realiza-se acolhendo-O, que é Palavra, Luz e Esposo, do qual nós somos vozes, lâmpadas e amigos (cf. Jo 1, 1-13; 1, 7-8; 3, 29). «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3, 30): esta expressão do Baptista é programática para cada cristão. (Bento XVI, Angelus, 25 de Junho de 2006)


Cinco séculos já haviam passado sem que se suscitasse profeta em Israel. Por que? Porque a vinda daquele que os profetas haviam anunciado estava próxima.

Os tempos se cumpriram. Jacó havia predito que o Messias viria quando o cetro ou o poder soberano saísse de Judá. O povo de Judá não tinha mais o poder soberano: residia agora nas mãos do idumeu Herodes , que o recebera dos romanos.

Os romanos eram os verdadeiros senhores. Sucederam-se quatro impérios, de Daniel a Jesus Cristo. O quarto império, o dos romanos, estendia-se sobre todos os povos. Após longas, longas e sangrentas guerras, reinava paz, uma paz universal.

Estava para vir o Deus da paz. Todos o esperavam. Não somente os judeus, mas os gentios também. Nessa expectativa geral, eram sobretudo justos que redobravam as preces e votos.


Havia outro homem em Jerusalém. Chamava-se Simeão. Justo e piedoso, esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo, que nele fazia morada fê-lo saber que não veria a morte antes de ver a Jesus, o Cristo.

Na mesma esperança, uma santa viúva, Ana a profetisa, não abandonava o templo, onde jejuava e orava dia e noite.

O sacerdote Zacarias, oferecendo o incenso diante do santuário, vira um anjo, o anjo que lhe anunciou que seria pai do Precursor, profeta que precederia imediatamente ao Senhor.

Zacarias disse ao anjo:

- Como conhecerei isto? Porque sou velho, e minha mulher está avançada em anos.

Respondendo, o anjo, disse-lhe:

- Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus; e fui enviado para te falar e te dar esta boa nova. Eis que ficará mudo, e não poderás falar até o dia em que estas coisas sucedam, visto que não acreditaste nas minhas palavras, que se hão de cumprir a seu tempo.

E o povo, saindo Zacarias do templo, percebeu que vira misteriosa aparição. E a esperança de conhecer em breve o Messias nasceu em todos os corações, confortadoramente.

A misteriosa aparição de Zacarias começou a revelar-se. E um filho lhe nasceu de Isabel. Quem era aquela criança? Contavam-se dela coisas maravilhosas. Uma virgem de Nazaré fora saudar a mãe. À saudação, estremecera ele de alegria nas entranhas maternas. E a mãe, cheia do Espírito Santo, profetizou da virgem de Nazaré coisas extraordinárias.

Quem era aquela criança? Que nome lhe dariam? Não teria o nome do pai, Zacarias, que quer dizer lembrança de Deus, mas João, ou seja, cheio de graça. E logo ao pai se lhe soltou a língua, e cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo:

"Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo; e suscitou uma força para nos salvar, na casa de seu servo Davi, conforme anunciou pela boca dos seus santos, de seus profetas, desde os tempos antigos; que nos livraria de nossos inimigos, e das mãos de todos os que nos odeiam; para exercer a sua misericórdia a favor de nossos pais, e lembrar-se da sua santa aliança, segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder que, livres das mãos dos nossos inimigos, o sirvamos sem temor, andando diante dele com santidade e justiça, durante todos os dias da nossa vida.

E tu, menino, será chamado o profeta do Altíssimo, porque irás adiante da face do Senhor a preparar os seus caminhos; para dar a seu povo o conhecimento da salvação, para remissão dos seus pecados, pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, graças a qual nos visitou do alto o Sol nascente. Para alumiar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte; para dirigir os nossos passos no caminho da paz."

Ora, o menino crescia e se fortificava nos desertos até o dia da sua manifestação a Israel.

Na ausência de indicações exatas da parte de São Lucas, é difícil precisar a idade com que São João Batista buscou o deserto. É provável que, embora jovem, estava o santo Precursor suficientemente apto para prover-se a si próprio, o que leva a crer que contava de dez a doze anos. Os pais, naturalmente, já haviam falecido.

Que vida levava São João no deserto? Diz o Padre Buzy:

É inútil demorar-se a descrever o gênero de vida do Precursor no deserto ... É certo que o precoce anacoreta viveu por conta da divina Providência.

Mais adiante comenta:

Algumas ervas na primavera, raízes, mel, frutas silvestres, tais eram, pouco mais ou menos, as riquezas de que fruia. Mas se o corpo era tratado com rigor, a alma alimentava-se abundantemente com os divinos festins da oração e da reflexão.

E veio o ministério de São João e o batismo de Jesus.

No ano décimo-quinto do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e Filipe, seu irmão, tetrarca da Ituréia e da província da Traconítida, e Lisânias tetrarca da Abilina, sendo pontífices Anás e Caifás, o Senhor falou a João, filho de Zacarias, no deserto. E ele foi por toda a terra do Jordão, pregando o batismo de penitência para remissão dos pecados, como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Todo o vale será terraplanado, e todo o monte e colina será arrasado, e os escabrosos planos; e todo o homem verá a salvação de Deus..

Dizia pois João às multidões, que vinham para ser por ele batizadas:

- Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que vos ameaça? Fazei, portanto, frutos dignos de penitência, e não comeceis a dizer: Temos Abraão por pai. Porque eu vos digo que Deus é poderoso para suscitar destas pedras filhos de Abraão. Porque o machado já está posto à raiz das árvores. Toda a árvore que não dá bom fruto, será cortada e lançada no fogo.

E as multidões interrogavam-no, dizendo:


- Que devemos, pois nós fazer? Respondendo, dizia-lhes:

- O que tem duas túnicas, dê uma ao que não tem; e o que tem que comer, faça o mesmo.

Foram também publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe:

- Mestre, que devemos nós fazer? - Ele lhes respondeu:

- Não exijais nada além do que vos está fixado.

Interrogaram-no também os soldados, dizendo:

- E nós que faremos? - Ele lhes disse:

- Não façais violência a ninguém, nem denuncieis falsamente, e contentai-vos com o vosso soldo.

Estando o povo na expectativa, e pensando todos nos seus corações que talvez fosse o Cristo, João respondeu dizendo a todos:

Eu, na verdade, batizo-vos em água, mas virá um mais forte do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia dos seus sapatos; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo; tomará na sua mão a pá, e limpará a sua eira, e recolherá o trigo no seu celeiro, mas a palha queimá-la-á num fogo inextinguível.

E pregava muitas outras coisas ao povo, instruindo-o.

E ele, João, tinha seu vestido feito de peles de camelo, e um cinto de couro em volta dos rins; e o seu alimento era gafanhotos e mel silvestre.

E ia ter com ele Jerusalém e toda a Judéia e toda a região do Jordão, confessando os seus pecados. Todos corriam escutá-lo, mas nem todos buscavam o batismo: Todo o povo que o ouviu, mesmo os publicanos, deram, glória a Deus, fazendo-se batizar com o batismo de João. Os fariseus, porém, e os doutores da lei frustraram o desígnio de Deus a respeito deles, não se fazendo batizar por ele.

E que exigia São João Batista dos discípulos? Um arrependimento moral, uma conversão interior, uma pureza toda espiritual, do que a recepção do batismo seria o sinal.

****************

Eis o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas a perguntar-lhe:

- Quem és tu?

Ele confessou a verdade e não a negou; e confessou:

- Eu não sou o Cristo. - Eles lhe perguntaram:

- Quem és pois? És tu Elias? - Ele respondeu:

- Não sou.

- És tu o profeta? - Não. - Disseram-lhe então:

- Quem és, pois, para que possamos dar resposta aos que nos enviaram: Que dizer de ti mesmo? - Disse-lhes ele:

- Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.

Ora, os que tinham sido enviados eram fariseus. Interrogaram-no dizendo:

- Como batizas, pois, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? - João respondeu-lhes, dizendo:

- Eu batizo em água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é o que há de vir depois de mim, ao qual não sou digno de desatar a correia das sandálias.

Estas coisas passaram-se em Betânia, da banda de além Jordão, onde João estava batizando.

João e Jesus iam encontrar-se:

Então Jesus da Galiléia ao Jordão e apresentou-se a João para ser batizado por ele, Mas João opunha-se, dizendo:


- Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? - Respondendo Jesus, disse-lhe:

- Deixa por agora, pois convém que cumpramos assim toda a justiça. Ele, então deixou-o.

Depois que foi batizado, Jesus saiu logo da água. E eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo descer como pomba, e vir sobre ele. E eis que se ouviu uma voz do céu, que dizia:

- Este é o meu filho amado, no qual pus as minhas complacências.

No dia seguinte, João viu Jesus que vinha ter com ele, e disse:

Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira o pecado do mundo. Este é aquele, de quem eu disse: - Depois de mim vem um homem que me foi preferido, porque era antes de mim, e eu não o conhecia, mas vim batizar em água, para ele ser reconhecido em Israel.

João deu testemunho, dizendo:

Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba, e repousou sobre ele. Eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar em água, disse-me:

- Aquele, sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é o que batiza no Espírito Santo. Eu o vi, e dei testemunho de que ele é o Filho de Deus.

SÃO JOÃO BATISTA

Depois de Nossa Senhora, talvez seja João Batista o santo mais venerado pelos Cristãos.

Como a Santa Mãe de Deus, dele também se celebra a data de dois nascimentos: para a vida terrena, em 24 de junho, e para a vida eterna em 29 de agosto. Aliás, São João e Maria Santíssima eram parentes bem próximos.

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Já no Antigo Testamento encontramos trechos que se referem a São João Batista, o Precursor: estrela da manhã que com o seu brilho excedia o brilho de todas as outras estrelas e anunciava a manhã do dia abençoado, iluminado pelo Sol espiritual de Cristo (Mal. 4:2). Ver Isaías.

Por causa de suas pregações, São João foi logo tido como profeta. Aquela categoria de homens especialmente escolhidos pela Providencia que, falando por inspiração divina, prenunciam os acontecimentos, ouvem e interpretam os passos do Criador na história, orientando o caminhar do povo de Deus.

Os Santos Evangelhos referem-se a ele como sendo um desses homens. Talvez como sendo o maior deles (Lc 7, 26-28), uma vez que com São João Batista a missão profética atingiu sua plenitude e ele é um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.

Os outros profetas foram um prenúncio do Batista. Só ele pôde apresentar o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo em pessoa como sendo o messias prometido, o salvador e redentor da humanidade.

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O Evangelista São Lucas nos conta que João, o "Batista", o "Precursor", nasceu numa cidade do reino de Judá, perto de Hebron, nas montanhas, ao sul de Jerusalém e que era descendente do santo patriarca Abraão, iniciador da historia do povo de Israel.

Seu pai foi o sacerdote São Zacarias (da geração de Aarão) e sua Mãe foi Santa Isabel (da geração de Davi), prima da Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Lucas ressalta também as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento de João Batista: Isabel, estéril e já idosa, viu ser possível realizar seu justo desejo de ter um descendente quando o arcanjo São Gabriel anunciou a Zacarias, seu esposo, que ela daria a luz a um filho. O menino deveria chamar-se João e seria o precursor do Salvador.

Pela graça de Deus o menino não foi morto no massacre dos inocentes quando milhares de crianças foram assassinadas na região de Belém a mando de Herodes.

Alguns meses depois de engravidar-se, Isabel recebeu a visita de Nossa Senhora: "Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.

Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.

E exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio." (Lc 1:39-44).

Essas circunstâncias, impregnados de um clima sobrenatural, foram preparadas sabiamente pela Divina Providencia para que o papel de João Batista fosse realçado como precursor de Cristo. Esses fatos aconteceram por volta do ano 5, antes de Cristo, no território onde habitava a tribo de Judá.

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Estando ainda em sua juventude, João retirou-se para o deserto. Nesse ambiente austero, recolhido e afastado dos homens ele preparou-se para sua missão. Vestido de pêlos de camelo e um cinturão de couro, ele alimentava-se apenas de mel silvestre e gafanhotos.

Com jejuns e orações, colocou-se por inteiro na presença do Altíssimo, levando uma vida extremamente coerente com seus ensinamentos. Permaneceu no deserto até por volta de seus trinta anos quando iniciou suas pregações às margens do rio Jordão.

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A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido ele o "precursor" de Cristo. Foi ele a voz que clamava no deserto anunciando a chegada do Messias não cessando, jamais, de chamar os homens à conversão: "Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". Em suas pregações Insistia sempre para que os judeus, pela penitência, se preparassem pois estava próxima a chegada do Messias prometido.

João passou a ser conhecido como "Batista" por causa da importância que dava ao batismo, um ritual de purificação corporal onde a imersão na água simbolizava a mudança de vida interior do batizado.

Não deixava nunca de salientar aos seus ouvintes e discípulos que "Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia! Eu também não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel".

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João pregou também na corte de Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia.

Foi ai que ele teve oportunidade de denunciar a vida escandalosa que o governante levava. E foi também essa denuncia que serviu de motivo para que João Batista fosse preso.

Ele só não foi condenado à morte nessa ocasião porque o tetrarca sabia da popularidade do já muito conhecido pregador e temia a reação do povo diante dessa medida extrema.

Porém, como relata o evangelista São Marcos (6: 21-29), aconteceu que durante as comemorações do aniversário de Herodes, Salomé, filha de Herodíades - mulher com a qual o governante mantinha um relacionamento irregular e imoral - agradou tanto ao aniversariante que este prometeu atender qualquer pedido feito pela moça.

Instigada pela mãe, ela pediu a cabeça de João Batista. Herodes cumpriu o que havia prometido: mandou degolar João Batista e sua cabeça foi trazida numa bandeja e entregue a Salomé.

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"Entre os filhos de mulher, ninguém ultrapassa João Batista" (Lc 7,28): a vaidade, o orgulho, a soberba, jamais encontraram lugar em seu coração.

Por causa de sua austeridade e de sua fidelidade cristã, ele foi confundido com o próprio Jesus Cristo, mas, imediatamente, ele retruca: "Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele." (Jo 3, 28) e "não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim ?" (Mt 3:14).

Quando seus discípulos hesitantes não sabiam a quem seguir, ele apontava na direção daquele que é o único caminho: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).

E dava testemunho de Jesus: "Eu vi o Espírito descer do céu, como pomba, e permanecer sobre ele. Pois eu não o conhecia, mas quem me enviou disse-me: Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele que batiza com Espírito Santo. Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!"


O batismo de Nosso Senhor marcou o apogeu do ministério de São João. Dali em diante, o Precursor, a pouco e pouco, voluntariamente, foi-se apagando até que desapareceu.

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Como São João Batista se encontrou com Herodes: A história não o diz, mas os textos evangélicos dão bem a impressão duma entrevista cara a cara, em que o Precursor repreende o tirano:

Porém, Herodes tetrarca, sendo repreendido por ele por causa de Herodíades, mulher de seu irmão, e por causa de todos os males que tinha feito, acrescentou a todos os outros crimes também este: mandar meter João num cárcere:

Diz São Marcos:

Com efeito, Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado ilicitamente. Porque João dizia a Herodes:

Não te é lícito ter a mulher de teu irmão.

Herodíades tinha-lhe rancor e queria fazê-lo morrer, mas não podia, porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o, e quando o ouvia, ficava muito perplexo, mas ouvia-o de boa vontade.

Na prisão, São João Batista certamente teve várias entrevistas com o déspota, e, apesar de contido, devia ter ficado ao par dos acontecimentos que se relacionavam com o Messias, graças aos discípulos que entravam e sabiam. Só assim poderia ter enviado a Jesus uma deputação:

E como João, estando no cárcere, tivesse ouvido falar das obras de Cristo, enviou dois de seus discípulos, a dizer-lhe: - és tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro: Respondendo Jesus, disse-lhe: - Ide, e contai a João o que ouvistes e vistes: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, os pobres são evangelizados; e bem-aventurado aquele que não encontrar em mim motivo de escândalo.

João, aqui, não duvidava de que Jesus fosse o Messias. Mandou os discípulos com tal embaixada ao Salvador para que ficassem igualmente convencidos da mesma verdade. E Jesus, que fez Ele? Jesus respondeu-lhes indiretamente, mostrando que nEle se realizaram os caracteres do Messias, preditos pelo profeta Isaías.

Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então saltará o coxo como um veado, e desatar-se-á alegremente a língua dos mudos. E:

O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor me ungiu. Enviou-me a levar a boa nova aos infelizes, a curar os de coração despedaçado, a anunciar a redenção aos cativos e a liberdade aos encarcerados; a publicar o ano da graça do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus, a consolar todos os que choram.

Em São Lucas também há a a passagem em que João Batista envia a Jesus dois dos seus discípulos:

Referiram a João os seus discípulos todas estas coisas. E João chamou dois dos seus discípulos, enviou-os a Jesus a dizer-lhe: - És tu o que há de vir ou devemos esperar outro?

Naquela mesma hora, Jesus curou muitos de enfermidades, de males, de espíritos malignos, e deu vista a muitos cegos. Depois, respondendo, disse-lhes:

Ide referir a João o que vistes e ouvistes: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciado o Evangelho; e bem-aventurado aquele que se não escandalizar a meu respeito.

Imediatamente após a partida dos discípulos de João, fez Nosso Senhor um magnífico elogio ao Precursor, dizendo às turbas:

Que fostes vós ver ao deserto: Uma cana agitada pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido de roupas delicadas: mas os que vestem roupas preciosas, e vivem entre delícias, são os que vivem nos palácios dos reis. Mas que fostes ver? Um profeta? Sim, digo-vos eu, e mais ainda que um profeta. Este é aquele de quem está escrito: Eis que eu envio o meu anjo adiante de ti, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Porque eu vos digo: Entre os nascidos das mulheres, não há maior profeta do que João Batista; porém, o que é menor no reino de Deus é maior do que ele.

Todo o povo que o ouviu, mesmo os publicanos, deram glória a Deus, fazendo-se batizar com o batismo de João. Os fariseus, porém, e os doutores da lei frustraram o desígnio de Deus a respeito deles, não se fazendo batizar por ele.

Entre todos os homens que até então tinham sido investidos por Deus duma missão providencial, nenhum foi levado a uma função tão eminente, tão alta como o foi São João Batista. Mas o menor no reino dos céus, isto é, no Novo Testamento, é maior do que ele. João Batista, como precursor do Messias, pertence ao Velho Testamento, e, como discípulo de Jesus, pretende ao Novo. Na passagem acima, é considerado só como precursor, e, como tal, é ele inferior em dignidade ao mais pequeno dos discípulos de Jesus, visto que a religião cristã excede muito a religião mosaica. (Pe. Matos Soares, Bíblia, Comentários)

Era chegada a última hora do santo Precursor.

Chegando um dia oportuno, Herodes, no aniversário do seu nascimento, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galiléia. E tendo entrado na sala da filha da mesma Herodíades, dançou e agradou Herodes e aos seus convivas. O rei disse à moça:

- Pede-me o que quiseres, dar-te-ei, ainda que seja metade do meu reino.


Ela, tendo saído, disse a sua mãe:

- Que hei de eu pedir? - Ela lhe respondeu:

- A cabeça de João Batista.

E tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, pediu, dizendo:

- Quero que imediatamente me dês num prato a cabeça de João Batista.

O rei entristeceu-se, mas por causa do juramente e dos convivas, não quis desgostá-la, e imediatamente mandou um verdugo, com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi e o degolou no cárcere, levou a sua cabeça num prato, deu à moça, e a moça a deu a sua mãe. Tendo ouvido isto, os discípulos foram e tomaram seu corpo, e o depuseram num sepulcro.

Era na primavera do ano 29, e João Batista devia ter menos de trinta e um ano, tendo ficado preso por oito ou nove meses.

O culto do Precursor remonta ao século IV. A mais célebre e antiga igreja elevada no Ocidente em honra de São João Batista é a basílica de Latrão, cuja fundação ultrapassa a Constantino.

No Oriente, São João Batista é representado com asas.

(Vida de Santos, Pe. Rohrbacher, Volume XI, p. 143 à 160)



Oração a São João Batista

São João Batista, fostes a voz que clamou no deserto: "Endireitai os caminhos do Senhor... fazei penitência, porque no meio de vós está quem não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias", ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo".
São João Batista, rogai por nós

ARAUTOS DO EVANGELHO

PALAVRA DO SENHOR PARA HOJE


Celebração da Missa


Data: 23-06-2010 Dia: Quarta
Semana: Tempo Comum XII Tempo: T. Comum


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo,
o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso Santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) 2 Reis 22, 8-13; 23, 1-3
«O rei leu as palavras do Livro da Aliança, encontrado no templo do Senhor e concluiu uma aliança diante do Senhor»

O Livro da Aliança, que estava há muito abandonado, foi reencontrado, e este facto dá ocasião a que o rei faça uma grande convocação do povo e renove a Aliança. É esta uma das “assembleias” célebres do povo de Deus no Antigo Testamento, figura e modelo das assembleias futuras da Igreja de Cristo.

Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias, o sumo sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei».
E Helcias entregou o livro a Safã, que o leu. O secretário Safã foi ter com o rei Josias e deu-lhe contas da missão recebida, dizendo: «Os teus servos juntaram o dinheiro que estava no templo e entregaram-no aos empreiteiros encarregados das obras no templo do Senhor». Depois o secretário Safã informou o rei, dizendo: «O sacerdote Helcias entregou-me um livro». E Safã leu-o diante do rei. Quando ouviu ler as palavras do Livro da Lei, o rei Josias rasgou as suas vestes e deu esta ordem ao sacerdote Helcias, a Aicam, filho de Safã, a Acbor, filho de Miqueias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei: «Ide consultar o Senhor em meu nome, em nome do povo e de todo o reino de Judá, acerca das palavras deste livro que foi encontrado. A ira do Senhor deve ser grande contra nós, porque os nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, cumprindo tudo o que nele está escrito». Então o rei convocou todos os anciãos de Judá e de Jerusalém. Depois subiu ao templo do Senhor, com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém: os sacerdotes, os profetas e todo o povo, crianças e adultos. Leu-lhes as palavras do Livro da Aliança, encontrado no templo do Senhor. Em seguida, o rei, de pé sobre o estrado, renovou a Aliança diante do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor e a guardar os seus mandamentos, ordens e preceitos, com todo o coração e com toda a alma, para cumprir as palavras da Aliança escritas no livro. E todo o povo aderiu à Aliança.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 33-34.35-36.37 e 40 (R. 33a)
Refrão: Mostrai-me, Senhor, o caminho da vossa lei. Repete-se

Ensinai-me, Senhor, o caminho dos vossos decretos
para ser fiel até ao fim.
Dai-me entendimento para guardar a vossa lei
e para a cumprir de todo o coração. Refrão

Conduzi-me pela senda dos vossos mandamentos,
pois nela estão as minhas delícias.
Inclinai o meu coração para as vossas ordens
e não para o vil interesse. Refrão

Desviai os meus olhos das vaidades
e fazei-me viver nos vossos caminhos.
Vede como amo os vossos preceitos,
fazei-me viver segundo a vossa justiça. Refrão


ALELUIA Jo 15, 4a.5b
Refrão: Aleluia Repete-se
Permanecei em Mim e Eu em vós, diz o Senhor:
quem permanece em Mim dá muito fruto. Refrão


EVANGELHO Mt 7, 15-20
«Pelos frutos os conhecereis»

Os falsos Profetas são os doutores da mentira, que seduzem o povo com falsas aparências de piedade, enquanto, no íntimo, buscam os seus interesses. Este íntimo há-de revelar-se mais nas obras do que nas palavras. A comparação da árvore e dos seus frutos é fácil de compreender, e cheia de sabedoria nascida da experiência. A doutrina de Jesus Cristo é princípio de vida, se é perfeitamente acreditada e perfeitamente vivida. Jesus é o Verbo de Deus, a Palavra por quem tudo foi feito; as suas palavras são também agora em nós criadoras e fonte de vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis».
Palavra da salvação

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A VIRTUDE DA PUREZA




A virtude da pureza está intimamente vinculada à esperança cristã da ressurreição dos corpos. Foi por esta tese original que o Penitenciário - Mor da Santa Igreja Romana abordou o tema da castidade, em homilia pronunciada no Santuário de Fátima

Cardeal James Francis Stafford
Penitenciário-Mor da Santa Igreja Romana

O tema deste ano no Santuário de Fátima é "O Sexto Mandamento: guardar a castidade" Esse Mandamento chama o batizado à prática da pureza Ele abrange a sexualidade humana em sua totalidade e está intimamente relacionado com o Nono Mandamento, o qual diz respeito diretamente à purificação do coração Ambos insistem no fato de que a continência absoluta é um dever para todos aqueles que não estão unidos pelos laços do matrimônio legítimo Quero examinar uma realidade exclusivamente cristã: a virtude da pureza Ela é a mais misteriosa das virtudes Nunca os cristãos teriam pensado nela, se não tivessem olhado para além, para a ressurreição dos corpos.

A pureza e a castidade interessam tanto aos casados quanto aos solteiros

Em 1956 Flannery O'Connor, uma escritora católica do sul dos Estados Unidos, desenvolveu a seguinte tese: a pureza e a castidade interessam tanto a quem é casado como a quem não o é. Segundo afirma ela, a pureza envolve mais do que uma renúncia: "Não creio que a renúncia combine com a submissão, ou que a renúncia seja boa em si mesma. Nós sempre renunciamos a um bem menor em favor de um maior; o oposto é que constitui o pecado". (...) Muitos, ainda influenciados pelo mecanicismo do séc. XIX, acreditam que os ensinamentos da Igreja sobre as virtudes são terríveis, e repudiam especialmente qualquer ensinamento dela relativo às virtudes da castidade e da pureza. Essas pessoas ridicularizam a observância do Sexto Mandamento, como algo que causa desequilíbrio emocional, considerando essa observância até mesmo repulsiva e contra a natureza. (...)

A ressurreição dos corpos é um incentivo à prática da castidade

Numa carta de 1955 [Flannery O'Connor] revela a profundidade de sua fé e, de modo audaz e brilhante, fundamenta na ressurreição dos corpos a origem da virtude da pureza "Para mim o nascimento virgem, a Encarnação, a ressurreição, são as verdadeiras leis da carne e do físico. Morte, decadência, destruição, são a suspensão dessas leis. Fico sempre atônita diante da ênfase que a Igreja põe no corpo. Ela diz que não é a alma, mas o corpo que ressuscitará glorificado Sempre pensei que a pureza fosse a mais misteriosa das virtudes, mas me vem à mente que nunca teria sido possível convencer a consciência humana a respeito da pureza, se não tivéssemos em conta a ressurreição do corpo, que será carne e espírito unidos na paz, como o foram em Cristo. A ressurreição de Cristo parece ser o ponto mais elevado da lei da natureza" O'Connor quer dizer que é essencial recordar o mistério pascal de Cristo, e exatamente sobre ele deve o batizado construir o fundamento e a motivação para a prática da virtude da pureza e de todas as outras virtudes. São Paulo nos ensinou exatamente essa norma, quando escreveu: "No mais, irmãos, aprendestes de nós a maneira como deveis proceder para agradar a Deus - e já o fazeis. Nós vos rogamos, pois, e vos exortamos no Senhor Jesus a que progridais sempre mais. (...) Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza" (1 Ts 4, 1-3). (...)

Deus julgará o imoral e o adúltero

A Carta aos Hebreus fala das virtudes que devem regular as relações entre os cristãos. (...) No final, o autor salienta o tema catequético escolhido para o ano 2006 pelo Santuário de Fátima: o Sexto Mandamento, proteger a castidade. Trata da pureza do marido: "Vós todos considerai o matrimônio com respeito e conservai o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e os adúlteros" (Hb 13, 4) Com essas exortações morais, o autor da Epístola aos Hebreus deu claramente forma a uma vida totalmente nova, na qual o ser humano tem sido forjado sob a tutela da fé no Deus de Jesus Cristo. Ele introduz a parte moral de sua carta com a proclamação da unidade indivisível da fé e da vida: "Desse modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, desvencilhemo-nos das cadeias do pecado. Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus. Em vez de gozo que se Lhe oferecera, Ele suportou a cruz e está sentado à direita do trono de Deus" (Hb 12, 1-2) A inviolabilidade da castidade conjugal é um tema preeminente na Igreja dos Primeiros Tempos. Santo Inácio de Antioquia escreve a Policarpo: "Diga às minhas irmãs para amarem o Senhor e para serem contidas com seus maridos no corpo e no espírito. Do mesmo modo encarregue os meus irmãos, também em nome de Jesus Cristo, de amarem suas esposas como o Senhor ama a Igreja"

A recordação de Santa Maria Goretti

Recordo-me que fui profundamente tocado pela canonização, em 24 de junho de 1950, da jovem virgem e mártir, Maria Goretti. Naquela ocasião estavam presentes na Praça de São Pedro sua mãe e seu assassino, Alexandre Serenelli. Na época da canonização, pelo martírio em defesa de sua pureza, eu tinha 17 anos Ela tornou-se a santa da minha geração, graças ao seu testemunho de pureza e de coragem. O seu martírio teve início, na realidade, em 5 de julho de 1902. A família de seu agressor dividia a mesma casa com os Goretti. Foi arranjada sobre um antigo celeiro, entre as pobres granjas dos campos pontinos, ao sul de Roma Seu agressor, Alexandre, tinha 20 anos quanto atacou Maria, que tinha 12. Mais tarde ele testemunhou que Maria lhe suplicava que ele parasse, para a salvação da alma dele, e o exortava a não cometer um pecado tão grave. No dia seguinte, antes de morrer em conseqüência das facadas recebidas, ela o perdoou e pediu que Deus esquecesse tudo quanto ele tinha feito Como Flannery O'Connor, Santa Maria Goretti compreendeu que a pureza estava intimamente ligada com a dignidade do corpo humano. Ela conhecia o pensamento da Igreja a esse respeito, ou seja, que não é a alma, mas o corpo que ressuscitará glorioso. Com a Igreja, ela repetia todos os domingos: "Creio na ressurreição dos corpos". Ela deu testemunho deste mistério: a Encarnação e a Ressurreição de Jesus são as verdadeiras leis da natureza, da carne e do físico Santa Maria Goretti, rogai por nós! Maria de Nazaré, Mater Castissima, rogai por nós!

(Homilia no Santuário de Fátima, 12/7/2006. Texto integral em http://www.vatican.va/roman_curia)

O Cardeal Francis James Stafford é Penitenciário-Mor da Santa Igreja Romana. Esse cargo o faz responsável, diante do Papa, do Tribunal da Penitenciaria Apostólica, o qual tem jurisdição sobre o foro interno - as consciências - mesmo em matéria não-sacramental, e a ele competem a concessão e o uso das indulgências. O cargo de Penitenciário- Mor é um dos poucos cujas atribuições não cessam com a morte do Papa.

(Revista Arautos do Evangelho, Set/2006, n. 57, p. 38 e 39)

SÃO LUIS DE GONZAGA, ROGAI POR NÓS





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São Luís de Gonzaga

Giovanni Battista Tiepolo, Apoteose de S. Luís Gonzaga
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 19 de outubro de 1605 por: Papa Paulo V
Canonização 31 de dezembro de 1726 por: Papa Bento XIII
Festa litúrgica 21 de junho
Padroeiro: Juventude e Estudantes
São Luís de Gonzaga, S.J., (Mântua, 9 de março de 1568 — Roma, 21 de junho de 1591) foi um religioso italiano e santo da Igreja Católica.

Filho de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione e irmão do Duque de Mântua, príncipe do Sacro Império, sendo herdeiro do feudo soberano de Castiglione; seu pai gostaria que seu primogênito seguisse seus passos de soldado e comandante no exército imperial.

Com apenas 5 anos de idade já marchava atrás do exército do pai, aprendendo o uso das armas com os rudes soldados. Recebeu educação esmerada e uma forte educação cristã por parte de mãe, frequentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana.

Mas aquele menino daria fama à família Gonzaga com armas totalmente diferentes e quando foi enviado a Florença na qualidade de pajem do grão-duque da Toscana, aos dez anos de idade.

Luís imprimiu em sua própria vida uma direção bem definida, voltando-se à perpétua virgindade. Em sua viagem para a Espanha, onde ficou alguns anos como pajem do Infante Don Diego, filho de Filipe II, serviu-lhe para estudo da filosofia na universidade de Alcalá de Henares e a leitura de livros devotos. Após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu para surpresa de todos, pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo seu pai, tendo sido eternizado na fachada da Sé Nova de Coimbra com uma estátua em sua homenagem.

Luís tornou-se o modelo da pureza para todos os jovens, mesmo em meio às vaidades e tentações do seu tempo. Ele teve uma grande provação por parte do seu pai, que ao saber que desejava ser sacerdote, não só o desaconselhou, mas passou a levá-lo em festas mundanas, até que perguntou a Luís: "Ainda segue desejando ser sacerdote?" "É isto que penso noite e dia", respondeu o jovem e perseverante santo.

Renunciou ao título e à herança paternas e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino. Esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes.

São Luís Gonzaga escreveu: "Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fedidas".

Algo também que marcava a espiritualidade de Luís era a pergunta que fazia a si mesmo diante de algo importante a fazer: "De que serve isto para a Eternidade?"

São Luís Gonzaga teve de ir para Roma no ano de 1590 por motivos de estudo, mas ao deparar-se com as vítimas do contagioso tifo, compadeceu-se dos que sofriam e seu envolvimento foi tanto ao ponto de pegar a doença e morrer no dia 21 de junho de 1591 (data esta que hoje se comemora o seu dia) com apenas 23 anos, em nome da caridade e pureza.

São Luís Gonzaga é considerado padroeiro da juventude e dos estudantes, e seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma


Oração
Ó Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Ámen
 
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