ONline

domingo, 17 de abril de 2011

VIDA EM IGREJA

Vaticano: Papa inicia celebrações da Semana Santa Bento XVI pede «coração puro» na homilia da missa do domingo de Ramos Relação essencial da Igreja é com a sociedade, diz D. José Policarpo Cardeal-patriarca de Lisboa encerrou congresso internacional de história «100 anos de separação - Religião, Sociedade e Estado» Lisboa, 16 abr 2011 (Ecclesia) - O cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, afirmou hoje que a relação essencial da Igreja é com a sociedade. “Não me preocupa a separação do Estado, mas sim se a Igreja vive separada da sociedade”, disse o prelado na sessão de encerramento do congresso internacional de história «100 anos de separação – Religião, Sociedade e Estado», que decorreu na Universidade Católica, em Lisboa. O II Concílio do Vaticano (1962-1965) “definiu a missão como a relação da Igreja com a sociedade”, recordou o patriarca, assinalando que o elemento central é “a construção da convivência humana”. “Chamem-lhe comunidade, fraternidade, respeito mútuo, grande família humana como João Paulo II disse”, acrescentou. José Policarpo reconheceu que a “nova compreensão do II Concílio do Vaticano leva algum tempo a perceber, mesmo dentro da Igreja”, apontando ser necessário haver “criatividade”. “Mas também se devem evitar ideias fixistas do Estado”, alertou, “mesmo que consagradas na Constituição. Esta fixação não é sadia”. O patriarca afirmou à Agência ECCLESIA que a neutralidade face às religiões é posta em causa pelas pessoas que integram os Estados. “Ou são crentes e esses são os mais tímidos, porque temem ser acusados de estar a colocar a sua condição de crente na política, ou são descrentes e marcados por uma laicismo militante, quase uma segunda religião de sentido negativo", disse. O prelado considerou que o “laicismo agressivo pode criar problemas, não à religião em si mesma, mas à convivência entre os Estados”, e realçou que a autoridade dos países está “ameaçada e o poder é fraco”. Para José Policarpo é importante “ir aferindo o Estado como um serviço e não como um poder invasivo que tudo toma e domina”. Por seu lado, o reitor da Universidade Católica Portuguesa, Manuel Braga da Cruz, assinalou que a liberdade religiosa implica que as Igrejas possam falar da sua doutrina e na escolha da educação religiosa a dar às crianças. “A não intervenção do Estado na Igreja não significa indiferença, mas um reconhecimento para que a Igreja possa realizar o seu trabalho, nas vertentes sociais que já concretiza”, indicou. À Agência ECCLESIA o reitor referiu que a religião pressupõe a manifestação pública da fé: “Este testemunho tem de ser respeitado pela sociedade em nome do pluralismo, mas também respeitado pelo Estado”. LS

Sem comentários:

Enviar um comentário

 
Copyright © Passos em Flor
Convert By NewBloggerTemplates Wordpress by WpThemesCreator