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quinta-feira, 13 de maio de 2010

IMITEMOS MARIA NO MODO DE VESTIR


JOVENS, IMITEMOS MARIA NO MODO DE VESTIR
NO MÊS DE MAIO...

O retrato da Virgem Santíssima ficaria incompleto,
se não disséssemos alguma coisa sobre o seu vestir.
O vestido, ainda que acidental,
completa o retrato duma pessoa.
Completa o retrato do corpo
que se apresenta coberto com o vestido.
Por isso, quando ides tirar o retrato
escolheis bem o vestido.
Por isso,
os pintores estudam muito os vestidos
que hão-de usar as personagens dos seus retratos.
Mas o vestido também completa
o retrato da alma.
Se a alma transparece no rosto
e nas atitudes do corpo,
também transparece no vestido;
e por ele podemos deduzir alguma coisa
do que é uma pessoa interiormente.
Vestido elegante e modesto ao mesmo tempo,
alma pura, judiciosa, equilibrada.
Vestido estravagante, ridículo,
alma singular, excêntrica, desequilibrada.
Vestido provocante, alma frívola,
leviana e talvez sensual.
Isto é tão verdade, que o vestir de algumas pessoas
passou à história como qualquer coisa
de peculiar e característico da sua personalidade.
Esta influência da alma no vestido é evidente;
por isso a virtude que modera todo o exterior do homem,
não é uma virtude superficial,
como poderia parecer à primeira vista.
É uma planta que esconde as suas raízes
no mais íntimo da alma e que brota
para o exterior e desdobra
a beleza das suas petálas à vista dos homens.
Santo Agostinho define-a acertadamente: "modus animi",
a moderação da alma, que se traduz em "modus corporis",
na moderação dos aCtos exteriores do corpo.
Por isso diz também Santo Ambrósio,
que os actos exteriores do corpo são "vox quaedam animi";
são como que a linguagem que tem a alma para nos dizer o que é.
A modéstia no vestir tem as suas raízes
na alma e no coração,
mas nem todas as almas,
nem todos os corações são terra adequada
para produzirem essa planta;
são únicamente as almas puras,
os corações puros.
Quando virdes que a virtude da modéstia mostra todo esplendor da sua beleza, podeis deduzir: que alma tão pura a desta jovem!
Quando virdes que a planta da modéstia não aparece no exterior, podeis temer que as raízes donde devia brotar tenham secado.
Que complicado e que difícil é vestir-se uma mulher!
Complicado e difícil procurar o corte do vestido.
Mais complicado ainda escolher as cores de todas as peças de vestuário, para que digam bem umas com as outras e com a cor do rosto, do cabelo e dos olhos.
Mesmo que não o pretendas, o teu modo de vestir estará sempre de acordo com o teu coração e com a tua alma.
Pelo que foi dito deduzireis que o modo de vestir de uma pessoa forma parte do seu retrato, do retrato do seu corpo e mais ainda do retrato da sua alma.
E se queremos fazer um retrato completo da Virgem Santíssima temos necessidade de fixar-nos no seu vestido.

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Como vestiria a Virgem Santíssima?
Nas suas ações nada houve de desordenado; não houve, portanto no seu modo de vestir.
Ora bem; a ordem no modo de vestir pede que se cumpram os fins que Deus assinalou ao vestido.
Não cumprir esses fins seria desordenado.
Que fins são esses?
Defender o corpo contra as inclemências do tempo.
E, sobretudo cobrir: cobrir tudo aquilo que possa excitar as paixões.
Que seja este o fim principal do vestuário deduz-se da conduta de Deus com os primeiros homens.
Enquanto Adão e Eva tiveram as paixões tranqüilas, submetidas à razão, não precisaram de vestido.
No momento em que pecaram, eles mesmos sentiram a necessidade de se vestirem. Abriram os olhos de ambos, diz a Escritura, compreenderam que estavam nus; teceram folhas de árvore e fizeram um vestido.
Aquele vestido era insuficiente e imperfeito, por isso o próprio Deus, depois de lançar contra ele o castigo, fez uma túnica de pele e deu—lhas para que se vestissem com elas.
A vontade de Deus é clara: quer que o vestido seja principalmente para cobrir, e a Virgem Santíssima em tudo, deu aos seus vestidos a finalidade que Deus lhes deu. Por isso foi a mais modesta de todas as mulheres.
Se as mulheres tivessem em conta esta disposição de Deus, procederiam de outra maneira.
Quando uma mulher está a fazer um vestido, quando o está a provar, pensa que esse vestido quer Deus que seja para cobrir tudo o que possa excitar paixões ou pensa tudo ao contrário?
Tem em conta que o outro fim principal do vestido é abrigar?
De ordinário pensa que o fim principal é agradar com ele. Contanto que consiga isto, o mais é secundário e aguentará o frio ainda que daí venham graves prejuízos para a saúde.
Depois de cumprir estes fins impostos por Deus ao vestuário, a Virgem Santíssima acomodou-se aos costumes da época e da região.
Digo depois de cumprir os fins impostos por Deus, porque esses fins hão de ficar sempre de pé, em todas as épocas e em todas as regiões e contra eles jamais deve prevalecer o costume da região.
Em todas as épocas e em todas as regiões os homens tem paixões, tem concupiscência; e sempre e em todas as regiões o nu é o que excita as paixões. Por isso, sempre e em todas as regiões o vestido deve empregar-se para cobrir.
Fala-se de climas e de temperamentos frios e alega-se isto, como razão para tolerar neles um nudismo maior.
Quando a experiência provar que nessas regiões onde vivem esses temperamentos frios, os homens, no meio do nudismo, são exemplos de pureza, dever-se-á pensar se lhes deve tolerar maior liberdade no vestuário; mas se a experiência prova o contrário, se diz que nessas regiões reina a corrupção mais espantosa, então que não falem de temperamentos frios nem de liberdades de vestir.
Sempre deve ficar a salvo este princípio: o fim do vestuário é cobrir o que excita a paixão, e cumprindo isto, poder-se-á acomodar aos costumes da região e da época, como fez a Santíssima Virgem.
Acostumados a olhar para os quadros e estátuas, fruto de imaginação dos artistas, facilmente colocamos a Virgem Santíssima num mundo irreal, diferente daquele em que viveu.
Não situemos a Virgem Santíssima num mundo imaginário; viveu na sociedade palestinense de há vinte séculos e vestiu-se como as mulheres galiléias de então, posto que a mais modesta de todas.
Vede-a caminhar pelas ruas de Nazaré.
O seu porte é nobre, corre nas suas veias sangue de reis.
O seu andar é comedido, reflete o domínio que tem sobre si mesma.
Veste uma túnica comprida de cores vistosas,adornada com bainhas e bordados, tudo obra sua, pois aprendeu a bordar no templo de Jerusalém e tem mãos primorosas para isso.
Essa túnica é tão comprida que apenas deixa entrever os pés calçados com sandálias.
A túnica está cingida com uma faixa.
A cabeça vai toucada com uma mantilha que lhe cai sobre os ombros.
O rosto podia levá-lo coberto com um véu transparente, segundo o costume oriental; e podia levá-lo descoberto; pois o costume de velá-lo não era freqüente nas povoações pequenas.
Aqueles vestidos são feitos de tecidos por suas próprias mãos; pois era uma obrigação e ao mesmo tempo uma glória das mulheres hebréias, mesmo as mais nobres, fazerem os próprios vestidos e os de todos os da sua casa.
E ao fazer aqueles vestidos, a alma da Virgem Santíssima punha neles algo de si mesma.
O equilíbrio, o bom gosto da alma davam-lhes elegância.
O seu espírito de austeridade punha moderação nos adornos.
A sua rara pureza comunicava-lhes modéstia.
Não digais que os costumes da época impediam a Virgem Santíssima de pôr luxo e modéstia nos seus vestidos.
Como hoje chega até às nossas povoações o influxo da moda de Paris e dos Estados Unidos, as modas da Grécia, sobretudo da Itália, chegavam até às povoações afastadas da Palestina, e pretendiam harmonizar-se com as velhas tradições judias.
Pelas ruas palestinenses a Virgem Santíssima pôde ver muitas vezes senhoras vestidas com luxo, que vestiam trajes ricamente bordados, senhoras e jovens que levavam o cabelo pintado e adornado com jóias e lantejoulas de metais mais ou menos preciosos.
Muitas delas levavam no calçado umas ampolazinhas de essência que, agitando-se ao andar, exalavam um delicioso perfume.
À porta da casa da Virgem Santíssima deviam chegar muitas vezes os vendedores ambulantes apregoando a sua mercadoria de adornos femininos e perfumes de Jericó.
Foi contemporânea da Virgem Santíssima aquela bailarina Salomé, que na corte de Herodes, rei da Galiléia, exibia os bailados e os vestidos provocantes importados da capital do império, e com a sua imodéstia e sensualidade inflamava as paixões do rei, até conseguir dele que mandasse cortar a cabeça de João Baptista.
O impudor e a imodéstia são plantas que se dão em todos os climas e em todas as idades.
A Virgem Santíssima era modestíssima, porque a sua alma lho exigia, porque a modéstia é uma planta que brota espontâneamente nas almas puras. E Maria foi a mais pura de todas as almas

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