Ó Senhor da tarde, em Ti não há princípio nem fim, nem ocasos sem sol ,nem manhãs com dias começados. Nesta firmeza de Fé numa continuidade de vida,estou a conversar conTigo dum modo mais directo. Mas converso mesmo só conTigo, para fazer-Te companhia, como a criança brinca no colo do Pai.
Os tempos vão-se encurtando, a liberdade neste mundo só a posso ter conTigo, falada ou em silêncio. Podemos falar de Tudo... da minha cruz, das cruzes de outros que necessitam as Tuas Mãos de Cireneu... E são tantas, Senhor! Sabes como dói este coração e sei que também Tu as descortinas melhor que eu...
No seio da Trindade vai até elas e dá-lhes o cunho de Vitória para que as flores de sorrisos enfeitem o Teu Céu de Luz.
Quantas cruzes há que já nem sabem chorar porque perfumadas pelos perfumes de pólvora, de hálitos ressequidos que não conhecem o pão de cada dia, de mentiras sem amor só para se vingarem na vida,que vazia, se perde pelo caminho.
Nesta tarde, sentada, com umas imagens de dor na tua presença, reconcilia o ódio pelo Teu amor, na abundância do Maná.Amen.
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